Antofagasta e região, no Deserto de Atacama, não possuem água potável. No século XIX a água era trazida de Arica e Valparíso em barcos cisternas.
Com o aumento da população e da mineração (que também necessita de água para suas populações
e processos industriais) foram instaladas
plantas de destilação de água do mar. Existiam em todos os portos e foram
grandes negócios para seus proprietários.
Nesse
contexto acontece um fato singular, celebrado e lembrado no mundo todo: em
1872, Carlos Wilson, inglês que vivia no Chile, onde formou família e morreu no
final do século em Arica, inventou e construiu, em Salinas, uma planta de
destilação solar que é considerada internacionalmente como a primeira aplicação
industrial do mundo do uso da energia solar. Os projetos foram publicadas em
revistas especializadas (existem fotos no Museu de Antofagasta).
Consistia
em quase um hectare de terra com caixões de madeira
calafetados, de 30 cm de altura, pintados de preto e cobertos
hermeticamente por um vidro inclinado. De um poço era bombeada água
saloba para
os caixões. O calor do sol evaporava a água condensando nos vidros e
escorrendo para estanques coletoras. Eram produzidos cerca de 20000
litros de
água por dia. Essa água potável era utilizada pela população. Funcionou
até
1914 quando a empresa de estrada de ferro de Antofagasta e Bolívia entra
no negócio de água potável e constrói o primeiro aqueduto desde a alta
Cordilheira até Antofagasta (Turistel 1992).
Texto pesquisado
http://www.tdx.cat/bitstream/handle/10803/6112/02CAPITULO1B.pdf?sequence=4
Atualmente nas margens das rodovias estão
grossos aquedutos levando água das fontes do alto da cordilheira para
Antofagasta e região.
Aquedutos de água entre Calama e Antofagasta - 30/12/2012 |
Fotos de 30/12/2012 |
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