quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Água para Antofagasta - Chile

Antofagasta e região, no  Deserto de Atacama, não possuem água potável.  No século XIX a água era trazida de Arica  e Valparíso em barcos cisternas.  
Com o aumento da população e da mineração (que também necessita de água para suas populações e processos industriais) foram instaladas plantas de destilação de água do mar. Existiam em todos os portos e foram grandes negócios para seus proprietários.  
Nesse contexto acontece um fato singular, celebrado e lembrado no mundo todo: em 1872, Carlos Wilson, inglês que vivia no Chile, onde formou família e morreu no final do século em Arica, inventou e construiu, em Salinas, uma planta de destilação solar que é considerada internacionalmente como a primeira aplicação industrial do mundo do uso da energia solar. Os projetos foram publicadas em revistas especializadas (existem fotos no Museu de Antofagasta).  
Consistia em quase um hectare de terra com caixões  de madeira  calafetados, de 30 cm de altura, pintados de preto e cobertos hermeticamente por um vidro inclinado. De um poço era bombeada água saloba para os caixões. O calor do sol evaporava a água condensando nos vidros e escorrendo para estanques coletoras. Eram produzidos cerca de 20000 litros de água por dia. Essa água potável era utilizada pela população. Funcionou até 1914 quando a empresa de estrada de ferro de Antofagasta e Bolívia entra no negócio de água potável e constrói o primeiro aqueduto desde a alta Cordilheira até Antofagasta (Turistel 1992).
Texto pesquisado
http://www.tdx.cat/bitstream/handle/10803/6112/02CAPITULO1B.pdf?sequence=4 

 
Atualmente nas margens das rodovias estão grossos aquedutos levando água  das fontes do alto da cordilheira para Antofagasta e região.

Aquedutos de água entre Calama e Antofagasta - 30/12/2012
Fotos de 30/12/2012

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